Meu corpo se aposentou da minha alma.
Ele agora vaga embriagado na madrugada,
andando sem destino, sem medo.
Perde-se em alguns corpos forasteiros.
Minha alma envergonhada se afasta,
vai pra algum lugar distante.
Meu corpo parece ta escondendo algo
dele mesmo como uma fuga, para o nada.
Ele já não decifra as cores.
Já não sei mais quem eu sou,
meus amigos não me reconhecem.
Eu sacudo meu ombro indiferente.
Tudo agora é tão indiferente.
Sem nexo. Complexo.
Cada estrela que ilumina meu corpo
machuca, fere, arranha.
Cada esquina eu paro e danço,
danço descalça,meu sorriso é seco,
como numa tarde no sertão.
Estalando cada mentira.
Não sou eu ali, eu minto, eu canto,
eu visto uma felicidade.
Mas na solidão ela foge...
Tento segura-la, mas a minha dor,
dor de amor, expulsa. Empurra.
Minha alma dorme, enquanto eu vou por aí...
Deixando a estrada me guiar.
Sem documento, sem bagagem, sem nada.
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Um comentário:
Bem-vinda Vaaan :D
Obrigada por ter vindo me ajudar.
Amo sempre você...
(seu texto, o meu preferido!)
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